MORTE DO SONETO
Raimunda
Forma fixa, prisioneira de caprichos
Em ti a arte se reduz
Não mais que dez mais quatro
Para encerrar sombra e luz
Linhas decassílabas e pronto!
O sentimento em número se transforma
Tens que caber nessa seqüência
Pois obedeces a uma fixa forma
És clássica, estás no passado
Com o ourives que te torna
Uma jóia declarada
Em ânsia de fechar-se em quatro
Nos limites da forma estagnada
Morre o soneto...sufocado.
Junho/ 2005
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